Teli

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Quando a Mãe do Mundo me convidou para acessar esse entendimento, eu olhei sorrindo para o Pai e disse: Mas estou à altura de compartilhar essa experiência… O Pai sorriu, a Mãe baixou a cabeça, já estava semeado… era só colheita!

Interrompi o fluxo natural. A meditação que é me sentar aqui e deixar fluir, bateu na minha porta várias vezes, mas eu deixei essa experiência primeiro atingir o ápice, para só depois de convicto, começar a escrever. Quando tive sede, não hesitei, fui beber na fonte de Cordovero.

As três primeiras crônicas da “carta 14” vieram como uma chuva de estrelas. O Pai havia acolhido algumas inquietações pessoais e decidiu pegar na minha mão; então me disse: Deixa-me ver de perto, quero compreender, ainda, essa sua inquietação.

A Mãe ainda me entregou mais duas crônicas e me disse: Agora quero que mergulhe em “Binah”, o ventre da Mãe Divina, e vá o mais fundo que puder. O “zeir anpin”, o NADA dentro da concepção da cabala.

Vá e alcance o insondável, mas vá despido de si, e vá sem medo. Desça no mais profundo de si mesmo… pois você está na plenitude da promessa aos filhos de Abraão, Ele recebeu tudo o que veio buscar, está tudo sem suas mãos, falta apenas o NADA.

As cartas de Mestria são como ensaios contínuos, não há começo nem fim, é como esfregar os olhos ao acordar. Entre a 14 e a 20, são cartas como as oitavas superiores, onde de 9 até 13 estavam os registros das existências, apenas pedindo o propósito de uma forja, para encaixar no SER.

Agora, nas oitavas superiores é empreender ao extenso, ao infindável das experiências. Embaixo e em cima, apenas deixando acontecer o que tiver que acontecer, porque, do mesmo modo, o pêndulo continuará girando, atraindo e repelindo, enquanto estiver aqui.

E quando finalmente concluir o processo de contração, na carta 20, dará o salto da expansão na 21, para aprender a gerar energia infinita, e conjurar todos os esforços autocondicionados, funcionando autonomamente.

Aí está todo o mecanismo da chave. Primeiro ela liberta da escravidão, depois eclode das sombras e então empreende a jornada. Todos os grandes Mestres vivenciaram essas etapas, cada vida que aqui estiveram, todos os buscadores da Verdade aprenderam continuamente a forjar essa chave.

Não importa qual caminho seja ou até mesmo se de fato você não tenha nenhum, desde que seja algo que responda integralmente por seus atos, o caminho, qual seja, só serve de farol. Porém, se estiver inoperante, não serve de nada.

O subtítulo dessa segunda parte, o Teli, surgiu na minha vida ainda jovem. Tive uma Mestra especializada nisso, e eu, ainda tão jovem, ela não podia me entregar essa compreensão. Ela sabia que eu precisaria empreender o esforço pessoal, para, se estivesse no meu caminho, chegar aqui.

Ela me iniciou em cabala e astrologia. Dentre todos os seus discípulos, fui o único que ela não pôde revelar as minhas conexões com “Teli”, a cabeça e a cauda do dragão, e me disse: Estude, você vai encontrar suas respostas somente se empreender a busca.

A busca é o eterno recomeço. Eu estive sempre no começo da busca e muitas vezes me perguntei: O que estou buscando…? – A resposta: Não importa, continue buscando. Nunca houve dúvidas sobre NADA, apenas o fogo do “SER” movia-se, o fôlego, o sopro.

Em dado instante, eu pedi ao Pai que me desse um filtro de leituras. Pedi isso porque não queria ser emboscado pelas releituras, enredado; desejava tão somente beber na fonte, em algo puro, intocado, que expressasse o sabor na boca, o gosto de uma doce aventura.

Eu Sou o Que Eu Sou!

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