Desde que concluí o ensaio “Trabalhando pelo Propósito – O Fim do Sansara”, que trouxe as primeiras cinco cartas do tarot da “Chave Mestra”, percebi algo diferente. A porta que outrora parecia entreaberta e estreita, agora jazia aberta, me permitindo acessar um primeiro vislumbre, o por vir aliterado, ou seja, as primeiras pinceladas na tela da Verdade.
Um convite espontâneo surgiu. Tratava-se da luz que irradiava o contorno para um trabalho devotado, inspirado, firme no propósito, dedicação permanente, apenas sendo necessário manter-se receptivo, passando a aprimorar-se pelo testemunho.
O contorno da caixa é uma das tarefas mais desafiantes para todo artista. Haverá aqueles que trabalharão pela disciplina, assim como Lao Tzu e Yeshua; ou pela consciência plena, a exemplo de Gautama Buda e Mahavira; e ainda, pela bem-aventurança, como Krishna.
Em todos os cenários, a primeira porta que se abre é para observar-se, seguida da inspiração, combustível das experiências. Então ocorre o encaixe no SER, a partir daí, instala-se a firme ação. Em alguns momentos ela é ativa, mas em outros, passiva, acendendo o contorno à caixa.
Da acepção da observação, inspiração e ação, medida e impulso se tornam molas de força, alimentando o movimento do pêndulo. Ele gira no sentido horário para atrair e no anti-horário para repelir, dá-se, a partir dessa variável, o “ímpeto construtivo”. A partir do todo, é possível acessar novas e mais desafiadoras oitavas.